Presídio feminino é a segunda unidade a receber prática de constelação familiar

10 de janeiro de 2018 - 16:04 #

Depois de passar pela Unidade Prisional Irmã Imelda Lima Pontes, uma equipe de consteladores irá trabalhar com internas do Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura Costa. Na próxima quinta-feira (11), às 14h, a Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado (Sejus) e o Programa Olhares e Fazeres Sistêmicos realizam a segunda sessão de constelação familiar no sistema prisional cearense. Ainda como um projeto piloto, as atividades estão ocorrendo em unidades distintas para que se conheçam os efeitos do projeto no sistema penitenciário.

Ana Mendes, advogada e uma das desenvolvedoras do programa, indica que a constelação é uma terapia que trabalha o inconsciente. “Dentro do conflito judicial, quando ela é aplicada, ela consegue chegar ao foco da situação, consegue revelar o que está gerando aquele problema na vida daquele indivíduo”, explica a advogada.

A prática realizada pelo Programa Olhares e Fazeres Sistêmicos está em conformidade com a indicação e resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que incentiva o uso de métodos que levam a soluções consensuais e pacificadoras.

Tudo o que pode ajudar na condução correta da Justiça é válido. É o que pensa Socorro França, titular da Sejus. “Tomar consciência de si e do outro e arrepender-se do que fez, é o caminho acertado para que não mais se repitam os conflitos”, diz a secretária. Para ela, a Sejus aposta no resultado positivo dessa terapia.

Atualmente, 14 Tribunais em todo o país estão utilizando essa técnica como ferramenta de resolução de conflitos familiares. No Ceará, a técnica é adotada por alguns juízes na solução de conflitos, mas o Estado não conta com a atividade como um projeto fixo nas unidades prisionais cearenses. No País, apenas Pernambuco tem práticas semelhantes.